quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Obliteração

Não te pedi o mundo em troca
quando os meus lábios, em tom carnal,
trocaram segredos com a tua boca...
...não importa... deixa, não faz mal.

Porque nem o dia a noite invoca,
nem o doce conjura o sal;
assim somos nós: uma ideia louca
onde não existe nós, mas "cada qual".

E nesses instantes em que me atormento,
em que fica turvo o pensamento,
em que toda a esperança se vai

a minha alma fica um poço exaurido
que de tanto dele terem extraído
nada, mas mais nada sai.

Coimbra, 15/02/2006

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