quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ir

Olhos que fitam o céu
azul celeste, no horizonte
aves, aves formando o véu
que cobre ao crepúsculo a fronte

Entardeceres da nossa vida
nós, navegantes das procelas
viajando pela noite esquecida
a cada viagem abrindo janelas

Viajar, nada mais que viajar
e fazer da vida o esquadrinhar
de espaços nunca descobertos

Deixar para trás o que temos
demandar da vida o que queremos
e tomar os sonhos como certos.

O poema

Não consigo conceber
o poema sem rima
(sou levado a crer
que lhe falta anima)

A poesia, quer-me parecer,
é elegante como a esgrima,
fogo que arde sem se ver
mas... sem rima?!?

Gostava pois de entender
essa arte que não me ilumina;
escrever só por escrever?
Não, não me fascina.